• O que é Ortodontia?

    É a área da Medicina Dentária que estuda o crescimento e desenvolvimento da face, bem como o desenvolvimento das dentições decídua (de leite), mista e permanente e os seus desvios, prevenindo  e corrigindo a má oclusão dentária.

  • Porquê realizar tratamento Ortodontico?

    A função principal do tratamento ortodontico é restabelecer a oclusão dentária (perfeito engrenamento dos dentes superiores com os inferiores), que é fundamental para a correta mastigação e, consequentemente, a adequada nutrição e saúde oral.
    Com o restabelecimento da oclusão, evitam-se problemas relativos à respiração, deglutição, fala e articulação temporomandibular (ATM).

    Não existe idade máxima para a realização de tratamento ortodontico, embora no paciente adulto alguns cuidados especiais devam ser tomados, principalmente em relação aos tecidos de suporte dos dentes, que podem chegar a contra-indicar o tratamento (problemas periodontais).

  • Como é realizado o tratamento Ortodontico?

    O tratamento ortodôntico, no início, causa algum desconformo em especial na primeira fase, a colocação do aparelho. Nas 24 a 48 após a colocação do aparelho e após os ajustes praticados pelo ortodontista, poderá existir algum desconforto para o paciente.
    Quando o tratamento é bem planeado e executado por um profissional qualificado, não existem riscos maiores ao paciente, desde que este siga todas as instruções dadas, principalmente quanto ao aspecto de higiene oral, pois os detritos podem causar problemas gengivais, periodontais, manchas brancas ou mesmo cáries dentárias.
    Os tratamentos ortodonticos podem durar em média entre 12 a 36 meses. Podem ocorrer pequenas recidivas após a conclusão do mesmo, ligadas ao crescimento e às alterações funcionais. Essa tendência é normalmente bem controlada e minimizada através de um bom trabalho de contenção ortodontica.

  • Tipos de Aparelhos de correção ortodontica

    Aparelhos fixos são unidos aos dentes através de uma substância adesiva ou cimento; são compostos por bráquetes (metálicos, plásticos ou cerâmicos), bandas metálicas, tubos, elásticos e outros equipamentos que suportam o arco metálico responsável pela movimentação dentária. Relativamente aos removíveis, permitem maior movimentação dos dentes.
    Aparelhos removíveis são encaixados na boca, podendo ser retirados pelo paciente ou pelo ortodontista, e dependem da colaboração do paciente relativamente ao tempo de utilização. Podem ser ortodônticos, os quais realizam pequenas movimentações dentárias, ou ortopédicos, utilizados nas correções de alterações esqueléticas (ósseas).

  • Técnica SWLF® - Arco Rígido de Baixo Atrito

    Em Ortodontia existem muitas técnicas e sistemas. Uma das novidades, o Sistema SWLF®  (straight-wire-low-friction ou Arco Rígido de Baixo Atrito) desenvolvido através da Rocky Mountain Orthodontics, é uma combinação de suportes de baixa fricção passivos / ativos e arcos de liga térmica Super-Elásticos para cada fase do tratamento. Uma fusão entre novas tecnologias e ortodontia científica clássica. Os procedimentos conceituais e clínicos  SWLF®, onde é utilizado o suporte Sinergy, foram feitos a partir da mais recente investigação científica sobre a estética facial, função estomatognático, biologia e bioquímica de aparelho ortodôntico, movimentação dentária, crescimento craniofacial, metalurgia e biomecânica de baixa fricção.
     A técnica SWLF®, desenvolvida pelo Dr. David Suárez Quintanilla, garante que o movimento ortodôntico seja rápido e fácil.
    Benefícios:
    O tempo de tratamento e consultas são reduzidos em mais de 30%
    Utiliza um suporte de baixo atrito, que permite um controle individual e seletivo sobre o atrito, ancoragem e movimentação dos dentes, além de uma drástica redução no número de arcos utilizados em comparação aos tradicionais.
    As propriedades superelásticas dos arcos SWLF ® possibilitam a aplicação de forças leves e contínuas por longos períodos de tempo.
    A técnica SWLF® em conjunto com a técnica de Stripping mecânico, possibilita a conclusão de casos Ortodônticos em 12 meses e evita extração de dentes saudáveis.
    Consulte a nossa equipa de Ortodontia
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Tracionamento canino incluso

Movimento ortodontico

Aparelho removível

Ortodontia no Adulto

A Ortodontia é a especialidade da medicina dentária que se dedica à prevenção e correcção das más posições dos dentes e dos maxilares.

Todas as crianças devem efectuar a sua primeira consulta de Ortodontia, com o seu Médico Dentista/Ortodontista, por volta dos 6-7 anos de idade, após a erupção dos primeiros dentes definitivos, para avaliar a necessidade de tratamento.

  • Melhoria estética da face e do sorriso, com o consequente aumento da auto-estima.
  • Correcto alinhamento dos dentes, tornando possível uma melhor higiene dentária e diminuição do risco de cáries e problemas nas gengivas.
  • Melhoria da função mastigatória, muscular e da articulação dos maxilares com benefício em termos de saúde geral.

As causas dos problemas ortodônticos podem ser hereditárias (familiares, por ex. queixo ou dentes salientes do pai ou mãe), ambientais (hábitos de “chuchar no dedo”, respiração pela boca, perda precoce de dentes de leite), ou combinação das duas.

Sim. Qualquer pessoa com problemas ortodônticos, pode beneficiar de um tratamento ortodôntico na idade adulta.

Em média 18 a 24 meses, podendo no entanto variar em função do tipo de deformação existente e da dificuldade do tratamento a efectuar.

Os aparelhos fixos promovem a retenção de placa bacteriana, durante o tratamento, por este motivo, os dentes deverão ser escovados depois de todas as refeições (incluindo pequenos lanches), utilizando uma pasta fluoretada e escova ortodôntica (especial para higienizar brackets e arcos).

Os aparelhos podem provocar algum desconforto, principalmente nas primeiras horas após serem colocados ou ajustados na consulta de controlo, todavia esse incómodo desaparece rapidamente.

Através de forças leves exercidas pelos aparelhos sobre os dentes, que promovem a transformação do osso que os rodeia.

Sim! No entanto, no caso de desportos de contacto físico (por exemplo rubgy, andebol, judo, etc) deverá ser utilizada uma protecção individualizada, de modo a evitar lesões nos tecidos moles.

Ortodontia na criança

Existem situações especiais independentemente da idade da criança e do tipo de dentição (dentição de leite, mista ou permanente), que devem ser avaliadas no sentido de prevenir problemas futuros na dentição definitiva e nas arcadas ósseas.
Não existindo situações especiais, a primeira avaliação deve ser feita no início da fase de dentição mista, por volta dos 6-7 anos na qual acontece a erupção dos primeiros dentes definitivos e incisivos centrais superiores e inferiores.

  • Hábitos tardios (de chupeta, de chuchar no dedo ou na língua);
  • Posicionamentos inadequados da língua (entre os lábios ou entre os dentes);
  • Crianças respiradoras orais (normalmente com dificuldades respiratórias e maxilar superior atrésico que levam a mordidas cruzadas);
  • Perdas precoces de dentes de leite (por trauma ou por cárie);
  • Crianças prognatas ( queixo avançado).

Problemas que envolvam os ossos maxilares (problemas esqueléticos) devem ser tratados na fase de crescimento e desenvolvimento, sendo alguns deles tratados precocemente, ainda na fase da dentição decídua (dentes de leite), enquanto outros durante a adolescência.
Em pacientes que apresentem harmonia entre os ossos maxilares (casos de problemas de posicionamento dentário), o tratamento pode ser realizado na dentição permanente.
Nos pacientes adultos com problemas esqueléticos, uma vez que o crescimento facial já se esgotou, pode ser indicado o auxilio do médico cirurgião maxilofacial na correção do problema, modalidade de tratamento conhecida como cirugia ortognática.

Esta especialidade dispõe de vários tipos de aparelhos para a correção das más oclusões.
Os aparelhos podem ser classificados como:

Aparelhos ortodônticos fixos: Estes aparelhos são colados e/ ou cimentados diretamente aos dentes normalmente permanecendo em posição até o final do tratamento.
Estes aparelhos são na maioria das vezes confeccionados em aço inoxidável, que apresenta excelente compatibilidade biológica e desempenho clínico. Nos casos de exigência estética, existem aparelhos confeccionados de material cerâmico que tem aparência bastante discreta.

Aparelhos ortodônticos removíveis: Estes aparelhos são confeccionados em aço e/ ou resina acrílica. Este tipo de aparelho possibilita ao paciente sua remoção durante as refeições, atividades físicas e facilitam a higienização bucal.

Aparelhos ortopédicos: Os aparelhos ortopédicos podem ser classificados em aparelhos ortopédicos mecânicos e aparelhos ortopédicos funcionais, podendo ainda, serem fixos ou removíveis.

Aparelhos auxiliares: Existem ainda aparelhos que são considerados auxiliares e podem ser indicados em alguns tratamentos.

O primeiro contacto do profissional com o paciente é no exame inicial. É uma consulta muito importante, na qual os pais ou responsáveis pelo paciente devem estar presentes. Neste momento, procura-se qualquer desvio da oclusão ideal e ainda, estima-se qual a melhor fase de tratamento. Avaliam-se também os aspectos funcionais da maloclusão e investigam-se os possíveis factores etiológicos (causas da maloclusão).

Quando se detecta a presença de uma maloclusão e estando a mesma na época ideal de tratamento, é solicitada a documentação ortodôntica, que consiste em uma série de elementos adicionais de diagnóstico (radiografias, fotos, modelo de estudo) importantes para se determinar o diagnóstico, e prognóstico do caso.

Planeamento do tratamento: O planeamento do tratamento ortodôntico é realizado tomando-se por base as informações adquiridas no exame inicial e na análise dos elementos adicionais de diagnóstico.

Nesta fase planeia-se a sequência de tratamento, os aparelhos a serem utilizados assim como o regime de uso. Também nesta fase, o tempo de tratamento é estimado. Após análise detalhada, um prognóstico será elaborado, assim como também poderão ser determinados, as possibilidades, os riscos e as limitações do caso. É fundamental a presença do responsável pelo paciente na apresentação do plano do tratamento, pois todas as questões e dúvidas poderão ser esclarecidas.

Assim, após a apresentação do plano de tratamento passamos à fase na qual colocamos o aparelho.

Colocação do aparelho e consultas periódicas: Enquanto alguns são colocados diretamente na boca do paciente, alguns podem necessitar de moldagem prévia das arcadas para a confecção indireta do aparelho (laboratório).

É importante o cuidado com a manutenção da integridade dos aparelhos.

Os aparelhos colocados deverão ser avaliados e ou ativados em consultas periódicas, sob indicação médica. Este tempo é importante para que os tecidos ao redor dos dentes se recuperem do stress gerado pela ativação do aparelho, que normalmente resultam em remodelação óssea e movimento dentário (efeito desejado).

Remoção do aparelho e colocação dos aparelhos de contenção: Após as metas do tratamento alcançadas, a remoção do aparelho será realizada. Logo após a remoção do aparelho fixo deverão ser instalados os aparelhos de contenção, que ajudarão a manter as posições dentárias, e permitir a total recuperação dos tecidos ao redor dos dentes.
Os pacientes devem comparecer nas consultas estabelecidas durante o período de contenção, de modo a garantir a estabilidade das posições dentárias.

É difícil de se prever com exatidão o tempo de um tratamento ortodôntico interceptivo. Alguns tratamentos precoces ou interceptivos realizados em crianças (tratamentos interceptivos) podem necessitar de uma 2ª fase de tratamento com aparelhos ortodônticos fixos (tratamento corretivo), quando todos os dentes permanentes estiverem presentes na cavidade bucal. O intervalo de tempo entre a 1ª e a 2ª fases não é denominado como tratamento ativo. A duração pode variar em virtude de alguns fatores tais como o estágio de desenvolvimento dos dentes e da face, o tipo e a severidade da maloclusão, e do grau de cooperação do paciente. Outro fator a ser considerado é a resposta biológica, e pode variar individualmente. Normalmente, problemas menos severos requerem menos tempo de tratamento.

O tratamento ortodôntico interceptivo, principalmente nas fases iniciais, pode causar um certo grau de sensibilidade. Esta sensibilidade é variável de acordo com o limiar de cada paciente e geralmente nunca ultrapassa o limite aceitável necessitando da administração de medicamentos analgésicos.

Felizmente as complicações decorrentes do tratamento ortodôntico são exceções à prática clínica, e geralmente não causam consequências maiores, porém devem ser consideradas pelas partes interessadas (paciente e/ou responsável e profissional) antes do início do tratamento. Os possíveis problemas podem variar em virtude do tipo e severidade da maloclusão, forma e tamanho das raízes dos dentes, tipo de aparelho utilizado, tempo de tratamento, entre outros. É fundamental a colaboração do paciente para evitar ou minimizar riscos potenciais e o profissional apresentará ao paciente os riscos e limitações inerentes a cada caso.

Ao interromper um tratamento ortodôntico, todas as conquistas obtidas até então podem se perder, ou seja, os dentes podem retornar a posição original. Isto é bastante comum quando não se termina um tratamento com estabilidade. Para retomar o tratamento após um longo período sem manutenção, provavelmente será preciso fazer uma nova documentação ortodôntica ou, no mínimo, uma radiografia panorâmica. A documentação tem um prazo de validade e, como os dentes já se movimentaram, essa documentação já não corresponde mais a situação bucal atual.